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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

BE quer reactivar linha do Tua e ligá-la à rede de alta velocidade espanhola

O Bloco de Esquerda acredita ser possível salvar a linha do Tua e prolongar a via-férrea até Bragança com ligação à rede de alta velocidade espanhola. Uma posição que vão defender sábado, numa iniciativa em Trás-os-Montes.

O deputado bloquista Heitor de Sousa e membro da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações da Assembleia da República, participa numa conferência de imprensa na estação do Tua. Um local onde o comboio não chega há mais de dois anos, desde o último de quatro acidentes que confinaram a circulação ao troço entre o Cachão e Mirandela.

Heitor de Sousa vai apresentar um projecto de lei do BE, datado já de Maio. Mas o partido espera que dentro de pouco tempo existam «razões mais fortes» para ser apresentado na Assembleia da República.

O deputado disse, em declarações à Lusa, que «se o desfecho do processo, (já iniciado) de classificação da linha do Tua como monumento nacional for positivo, haverá maior possibilidade de êxito da iniciativa parlamentar».

Heitor de Sousa vai colocar uma faixa na antiga ponte ferroviária desactivada, no Tua. Um protesto simbólico que se irá no distrito vizinho de Vila Real, onde Heitor Sousa vai chamar a atenção para o abandono das linhas do Corgo e Tâmega.

O deputado recorda que a então secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, foi «à região fazer grandes promessas» para a reabilitação, mas «verifica-se que elas estão a desaparecer e o que existe é um corredor cheio de mato».

Fonte: TVI 24

domingo, 17 de outubro de 2010

Barragem aprovada dita fim da ferrovia

O presidente da câmara de Mirandela estranha o "secretismo" em torno da eventual aprovação do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução da barragem de Foz Tua, anunciada pela Lusa, citando fontes relacionadas com o processo.

José Silvano diz ter sido apanhado de surpresa por estas notícias. "Não fui informado por ninguém sobre esta alegada aprovação, o que ainda é mais estranho porque o nosso município integra este processo desde a primeira hora", sublinha o edil.

Para além disso, os cinco autarcas dos concelhos que são atravessados pelo troço - Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Alijó e Murça - assumiram uma posição conjunta a reclamar que seja a EDP a suportar os custos da mobilidade das populações na zona, caso a construção da hidroeléctrica fosse aprovada. "Queremos saber como serão executadas as condicionantes impostas pelo próprio RECAPE", acrescenta.

O autarca social-democrata recorda ainda que uma das contrapartidas da EDP para os concelhos que vão ser abrangidos pela construção da barragem do Tua é a sua participação, através de um fundo financeiro, no nascimento de uma Agência Regional de Desenvolvimento. "Ainda nada nos foi dito, pelo que aguardamos por mais desenvolvimentos", sustenta o presidente do município de Mirandela na reacção à alegada aprovação definitiva do empreendimento e do parecer favorável "condicionado" ao RECAPE. Decisões que ainda não foram tornadas públicas.

Manuela Cunha, dirigente do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) considera "lamentável" esta decisão, caso venha a confirmar-se, mas acredita que "ainda não significa um ponto final" no processo.
A primeira subscritora do movimento que conseguiu a abertura do processo de classificação da Linha Ferroviária do Tua como Património de Interesse Nacional, que teve parecer favorável do IGESPAR, em Junho, espera que a publicação em Diário da República possa servir para a suspensão da construção da barragem.

Manuela Cunha, avisa que, se for necessário "recorreremos para tribunal" para que "o valor patrimonial da Linha do Tua seja reconhecido de uma vez por todas e que isso sirva para repor a linha ao serviço do transporte das populações permitindo que seja um dos pilares do desenvolvimento turístico do vale do Tua", sublinha.

Recorde-se que a EDP não apresentou no RECAPE nenhuma proposta de alternativa ferroviária ao troço da Linha do Tua que ficará inundado. As alternativas vão passar pelos transportes fluviais (segmento turístico) e rodoviários (mobilidade quotidiana).

Fonte: Fernando Pires - Jornal de Notícias


Barragem está definitivamente aprovada e a linha do Tua será submersa

De Margarida Cotrim (LUSA)

Bragança, 16 out (Lusa) -- A construção da barragem de Foz Tua está definitivamente aprovada, com a conclusão do processo de avaliação ambiental que impõe algumas condições à EDP, mas aprova o empreendimento e a consequente submersão da linha do Tua.

Segundo soube a Lusa junto de várias partes do processo, há já quase dois meses que foi emitido o parecer favorável condicionado ao RECAPE (Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução), sem que ainda tenha sido tornado público.

"A apreciação ao RECAPE da barragem de Foz Tua ocorreu em agosto e o parecer favorável condicionado da APA, Agência Portuguesa do Ambiente, foi emitido no dia 26 (do mesmo mês)", adiantou à Lusa fonte daquele organismo.

© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. 


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Apresentação do Projecto de Lei do BE – Linha do Tua

No próximo sábado dia 16 de Outubro pelas 11 horas no Tua, concelho de Carrazeda de Ansiães, o Bloco de Esquerda vai fazer uma conferência de imprensa para apresentar o seu último projecto de lei sobre a Linha do Tua, a iniciativa contará com o deputado da Assembleia da República Heitor de Sousa e a dirigente do Bloco de Esquerda, Alda Macedo. Para mais informações, contactar: Marco Mendonça – 963749870.

Auto-Estradas vs Vias-férreas

(..) Como se isto não bastasse, enquanto a Espanha ou a Holanda (os únicos países com valores próximos de Portugal) têm uma verdadeira rede ferroviária digna desse nome, Portugal não tem. E, por outro lado, grande parte da nossa "rede" ferroviária continua sem ser modernizada: Linha do Minho, Linha do Oeste e Linha do Algarve são apenas três exemplos de linhas seriamente carecidas (parcial ou totalmente) de modernização.

Por outras palavras, enquanto em Espanha o comboio consegue competir com a auto-estrada, em Portugal isso sucede apenas com pouquíssimas linhas (basicamente, Linha do Norte e Linha do Sul). O que vai explicando a situação quase dramática de grande parte da nossa ferrovia (..)

Leia aqui o artigo completo.